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NR-1 e o impacto nas áreas de RH e Segurança do Trabalho
Estamos nos aproximando de 2026, ano em que começam as fiscalizações sobre a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1). Em vigor (em caráter educativo) desde maio de 2025, a norma marca uma nova fase para a gestão de saúde e segurança do trabalho no Brasil, e as empresas têm um período de 12 meses para se adequarem antes do início das multas. A NR-1 estabelece as bases para que organizações implementem medidas que garantam a integridade dos trabalhadores. Ela reforça a responsabilidade sobre o gerenciamento e mitigação de riscos ocupacionais, e compreendê-la a fundo é essencial para evitar penalidades e fortalecer […]
Estamos nos aproximando de 2026, ano em que começam as fiscalizações sobre a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1). Em vigor (em caráter educativo) desde maio de 2025, a norma marca uma nova fase para a gestão de saúde e segurança do trabalho no Brasil, e as empresas têm um período de 12 meses para se adequarem antes do início das multas.
A NR-1 estabelece as bases para que organizações implementem medidas que garantam a integridade dos trabalhadores. Ela reforça a responsabilidade sobre o gerenciamento e mitigação de riscos ocupacionais, e compreendê-la a fundo é essencial para evitar penalidades e fortalecer a cultura de segurança.
Para os profissionais da área de Recursos Humanos (RH), o desafio chega em dose dupla: ao passo em que se faz necessário adaptar processos internos para as novas exigências, é imprescindível engajar equipes e lideranças para que a mudança aconteça no dia a dia.
O que mudou na nova NR-1?
A principal atualização está na obrigatoriedade de incluir os riscos psicossociais no escopo do Gerenciamento de Riscos Operacionais (GRO) e no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). É uma mudança bastante significativa, especialmente diante do cenário atual de crise em saúde mental: só em 2024, o Brasil registrou mais de 470 mil afastamentos por questões como depressão, ansiedade e burnout, o maior número em, pelo menos, dez anos.
A norma busca não apenas reduzir o impacto dos riscos psicossociais, mas também promover uma mudança cultural que priorize o bem-estar e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Impactos da mudança para gestores de RH e SST
No processo de adaptação, o RH adquire um papel estratégico: garantir que toda a empresa esteja na mesma página sobre o novo modelo de gerenciamento de riscos. Esse trabalho passa por uma mudança cultural, em que todos compreendam e absorvam a importância e o propósito da prevenção.
A atualização exige que:
- Riscos psicossociais sejam incluídos nos PGRs
- RH e SST atuem lado a lado na gestão preventiva
- Equipes sejam capacitadas para reconhecer sinais e situações de risco
A área de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) continua sendo responsável pelas práticas técnicas previstas na norma, mas a atuação conjunta com o RH é indispensável para garantir o engajamento e a continuidade das ações.
Como implementar uma cultura de prevenção?
O primeiro passo é engajar os colaboradores. Para isso, é importante disponibilizar canais acessíveis, seguros e confidenciais que permitam relatar riscos, situações de sobrecarga ou desconforto. Esses canais devem ser integrados a ferramentas de escuta ativa, como a CIPA e pesquisas internas.
Outra etapa essencial é a capacitação. Líderes e equipes precisam ser treinados para identificar sinais de riscos psicossociais e atuar preventivamente. A NR-1 permite que esses treinamentos sejam presenciais, semipresenciais ou online, desde que cumpram seu objetivo.
A empresa também deve manter atualizados todos os registros de treinamentos, avaliações e planos de ação. Auditorias internas e pesquisas de clima ajudam a acompanhar, de forma contínua, os impactos da norma.
Treinando líderes e colaboradores para a nova NR-1
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Perguntas Frequentes (FAQ)
O que acontece se minha empresa não se adequar à NR-1 até 2026?
A partir de maio de 2026, quando começam as fiscalizações, a empresa que não estiver em conformidade com a NR-1 pode enfrentar uma série de consequências, como multas, penalidades administrativas, impactos na reputação corporativa, responsabilização em caso de acidentes ou adoecimento, entre outros.
Quais são os principais riscos psicossociais?
Os riscos psicossociais são fatores do ambiente de trabalho que podem gerar estresse, adoecimento e queda de desempenho. Entre os principais, estão a sobrecarga de trabalho, falta de autonomia, pressão por metas desproporcionais, conflitos, assédio moral ou sexual, falta de reconhecimento e jornadas extensas.
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