Por que se antecipar à NR-1 pode ser a vantagem competitiva da sua empresa?

Em 2024, o Ministério do Trabalho registrou mais de 472 mil afastamentos relacionados à saúde mental, representando um impressionante aumento de 134% em dois anos. Entre os diagnósticos mais frequentes estão os episódios depressivos (25,6%), os transtornos de ansiedade (20,9%) e a depressão recorrente (12%).

Diante desse quadro, a nova Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) de Segurança e Saúde no Trabalho surge como um marco importante. As empresas têm até maio de 2026 para se adequar à legislação e evitar sanções e multas, incorporando oficialmente os riscos psicossociais ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e ao Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO).

O que é a NR-1 e por que ela é obrigatória para as empresas?

A NR-1 estabelece as diretrizes gerais de saúde e segurança no trabalho no Brasil, assegurando que todas as organizações atuem em conformidade com um conjunto mínimo de ações para proteger a integridade do trabalhador.

Com a atualização, a gestão dos riscos psicossociais passa a ser obrigatória, e isso inclui identificar, avaliar e implementar medidas para minimizar fatores que geram sofrimento mental no ambiente de trabalho.

Essa mudança representa um avanço importante no âmbito corporativo, não apenas como uma exigência legal, mas também como uma oportunidade para empresas promoverem uma cultura mais saudável, baseada em comunicação aberta e respeito.

Como os riscos psicossociais afetam colaboradores e organizações

Os riscos psicossociais podem se apresentar de diversas formas e comprometem diretamente o bem-estar dos trabalhadores, impactando a produtividade e o engajamento das equipes. Entre os principais estão:

• Metas excessivas

• Jornadas de trabalho extenuantes

• Falta de suporte emocional

• Dificuldade de balanceamento entre vida profissional e pessoal

• Assédio moral e conflitos interpessoais

• Medo constante de errar

Quando esses fatores não são gerenciados, o resultado é, inevitavelmente, o adoecimento psicológico. Depressão, ansiedade, burnout, além de absenteísmo e queda do desempenho, são resultados que impactam o colaborador, mas também os próprios resultados da empresa. Em muitos casos, os afastamentos se tornam crônicos, e toda a equipe sente.

Implementando a mudança: como construir uma cultura de prevenção?

A nova NR-1 exige que as empresas identifiquem e controlem esses riscos como parte dos seus processos de gestão. Em contrapartida, também é obrigação dos trabalhadores informarem aos seus superiores a percepção de todo tipo de risco, garantindo a sua própria proteção contra retaliações injustificadas.

O prazo para adequação vai até 2026, com risco de multa, mas os números não mentem: a mudança tem que acontecer a partir de agora. É preciso reconhecer a importância de promover espaços em que o colaborador se sinta bem, motivado e que cultive relações de confiança, e as empresas que negligenciarem essa necessidade estarão sujeitas a multas, autuações e riscos legais, além de comprometerem a sua reputação corporativa.

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Perguntas Frequentes (FAQ)

Quais são as penalidades para quem não implementar a NR-1 até maio de 2026?

As empresas podem sofrer multas, autuações e até interdições. Os valores variam conforme o porte e o grau de risco da atividade. Além disso, há impactos na reputação e no compliance.

Como medir e monitorar os riscos psicossociais dentro da minha empresa?

A avaliação dos riscos psicossociais exige uma abordagem estruturada, combinando instrumentos qualitativos e quantitativos. Na prática, as empresas podem aplicar pesquisas de clima organizacional, entrevistas individuais, grupos focais, além de utilizar indicadores internos, como absenteísmo, rotatividade e afastamentos por saúde mental.

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